Filhos prematuros
Filhos prematuros
Fui
mãe pela primeira vez em 1997. Uma gravidez desejada, planeada, acompanhada,
vivida com muita emoção. Preparamo-nos para a chegada do primeiro filho como um
evento único. As consultas programadas, a alimentação cuidada, tudo seguido à
risca.
Preparamo-nos
para a chegada do novo elemento da família, com muita emoção, de repente
dizem-nos que o parto tem que que ser induzido e que o bebé tem que nascer mais
cedo do que o previsto.
A
minha primeira filha nasceu com 1.690 kg, com 34 semanas e 6 dias.
Ninguém
prepara uma mãe para uma situação destas. Como é que vamos lidar com um bebé de
1.690kg?
“As
mães habituam-se” – dizem alguns. Que remédio. Mas de que forma? Quem é que nos
apoia? Quem é que está ao nosso lado? Como é que vamos lidar com uma criança
tão pequena?
Isso
passou-se comigo e foram muitas as lágrimas derramadas sem saber o que fazer.
Sózinha em casa a olhar para aquela criatura tão pequena e indefesa a pensar e
agora?
A
todo o momento eram-me passados atestados de incompetência. É verdade. Nas
consultas as enfermeiras tratam-nos com tanta arrogância e rispidez que nós só
pensamos: “o que é que fiz de errado agora?” – pois foi, levava a minha filha
demasiado agasalhada, segundo elas, foi o suficiente para eu começar a chorar.
Estamos
demasiado debilitadas física e emocionalmente e tudo nos deita abaixo. Ninguém
está preocupado com aquilo que nós sentimos.
Estas e outras dicas ser-lhe-ão transmitidas na Consultoria Materna
ao domicílio.
0 comentários